O CEO da Disney, Bob Chapek, disse que sua rede esportiva ESPN está procurando um parceiro para ajudá-la a entrar no crescente mercado de apostas esportivas dos EUA.

O executivo disse a David Faber, da CNBC, em entrevista que a ESPN nunca seria uma casa de apostas que aceita suas próprias apostas, mas poderia fazer parceria com terceiros para fazê-lo.

Chapek disse a analistas em uma liga??o em agosto que a empresa está conversando há “muito tempo” com plataformas de apostas esportivas.

Desde que as apostas esportivas foram legalizadas nos EUA em 2018, as empresas de mídia correram para chegar a acordos com empresas de jogos de azar e ligas esportivas.

De acordo com um relatório da consultoria KPMG, a adi??o de apostas legalizadas aumenta o interesse do espectador pela programa??o esportiva ao vivo, expandindo a audiência e gerando maior reten??o durante os eventos. Os f?s de esportes com uma aposta podem assistir por mais tempo, mesmo que o resultado de um jogo tenha sido amplamente decidido e os f?s casuais se desliguem.

A KPMG colocou o tamanho do mercado combinado de esportes, apostas e mídia em US$ 135 bilh?es em 2021 e disse que as empresas concluíram 18 negócios no primeiro semestre daquele ano, correspondendo ao total de todo o ano de 2019.

Protegendo a marca Disney

No entanto, a ESPN, classificada como a rede de transmiss?o esportiva mais valiosa dos EUA, demorou a seguir.

O presidente da ESPN, Jimmy Pitaro, disse em um podcast da Sports Media em junho que as apostas esportivas eram “obrigatórias” para a rede, mas disse que a empresa está procedendo com cautela para garantir que as coisas sejam acertadas.

A Disney teve o cuidado de n?o ter sua marca familiar vinculada a qualquer forma de jogo.

A ESPN tem parcerias para integrar conteúdo relacionado a apostas em seus programas e tem podcasts dedicados a jogos de azar. Também possui acordos de marketing com a Caesars Entertainment e a DraftKings, que têm o direito de anunciar suas ofertas de apostas nas plataformas da ESPN.

A CNBC relata que os comentários de Chapek parecem seguir a aquisi??o de uma participa??o de US$ 1 bilh?o, ou 0,4%, na Disney pelo investidor ativista Daniel Loeb no 2T22. Loeb inicialmente pressionou a Disney a desmembrar a rede de esportes, argumentando que seria mais fácil participar de apostas esportivas.

Desde ent?o, o investidor disse que agora entende o potencial da ESPN como outra vertical para ajudar a Disney a alcan?ar um público global para gerar receita de anúncios e assinantes.

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