Miriam Adelson, viúva do bilionário Sheldon Adelson, está prestes a investir mais de US$ 100 milh?es na campanha do ex-presidente Donald Trump nas próximas elei??es gerais. Mesmo tendo se mantido neutra durante as primárias republicanas deste ano, Miriam agora se prepara para apoiar ativamente Trump, financiando o super PAC pró-Trump, Preserve America. Este PAC foi originalmente criado para apoiar a tentativa de reelei??o de Trump em 2020, quando os Adelsons doaram cerca de US$ 90 milh?es para a campanha.?

Sheldon Adelson, que faleceu em 2021, era um dos maiores magnatas dos cassinos do mundo, sendo o principal acionista da Las Vegas Sands, uma das maiores operadoras de cassinos globais. Sob sua lideran?a, a Las Vegas Sands se tornou um império no setor de jogos, com propriedades ic?nicas em Las Vegas, Macau e Singapura. Seu sucesso empresarial permitiu que Sheldon se tornasse um dos maiores doadores políticos nos Estados Unidos, investindo pesado nas campanhas que apoiavam seus interesses, especialmente em rela??o a Israel.?

Em 2016, Sheldon Adelson se destacou como o maior doador individual para Trump, contribuindo com US$ 20 milh?es. No entanto, ele segurou o apoio até setembro daquele ano, quando garantiu que Trump se comprometesse a transferir a embaixada dos EUA para Jerusalém—a qual se concretizou durante a presidência de Trump. Esse movimento firmou o apoio de Adelson ao presidente, que se estendeu até a campanha de reelei??o de 2020.?

Após a morte de Sheldon, Miriam Adelson manteve um perfil político mais discreto, mas sua influência permaneceu significativa. Ela recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade de Trump em 2018, em reconhecimento ao seu papel filantrópico e político. Inicialmente, havia especula??es de que Miriam n?o se envolveria nas elei??es de 2024, já que, em 2021, ela expressou o desejo de superar as divis?es geradas por Trump após sua derrota. No entanto, sua reentrada na arena política se tornou evidente durante as elei??es de meio de mandato de 2022. 

Apesar de ter sido cortejada por Trump e seus principais concorrentes nas primárias, como Ron DeSantis e Nikki Haley, Miriam Adelson optou por n?o tomar partido até agora. Recentemente, em um perfil na revista New York, Adelson sugeriu que pode estar interessada em que Trump pressione pela anexa??o da Cisjordania ocupada, caso ele ganhe um segundo mandato. Essa quest?o é vista como um “negócio inacabado” da presidência de Trump, que, em 2020, prop?s um plano de paz para o Oriente Médio, incluindo o possível reconhecimento dos assentamentos israelenses na Cisjordania pelos EUA.?

Miriam Adelson, além de continuar o legado político de seu marido, tem mostrado interesse em expandir seu império além dos cassinos. Recentemente, foi noticiado que ela está explorando a aquisi??o de uma franquia esportiva, o que poderia diversificar ainda mais os investimentos da família Adelson. 

Nos últimos meses, Trump manteve várias conversas com Miriam, tanto pessoalmente quanto por telefone. Alguns analistas acreditam que essa proximidade pode explicar a postura cada vez mais favorável de Trump em rela??o a Israel. Em um evento recente de arrecada??o de fundos, Trump reafirmou seu apoio ao direito de Israel de combater o terrorismo e prometeu reprimir protestos pró-palestinos em universidades, além de deportar manifestantes estrangeiros. 

A posi??o de Miriam Adelson em rela??o a Trump também pode estar profundamente enraizada no legado de seu falecido marido, que n?o só moldou o setor de cassinos globalmente, mas também deixou uma marca na política americana.?

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